Os putos querem fazer estragos?
Estava no MSN a conversar com um amigo que está a leccionar em Olhão (olá Miguel), quando ele me passou o seguinte:
"Correu por diversas fontes a informação de que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, marcaria presença hoje numa escola de Olhão, para fazer a entrega de computadores Magalhães. A ministra acabou por não comparecer, mas os alunos de diversas escolas não contiveram a vontade de protestar contra as políticas da tutela, nomeadamente o estatuto do aluno, levando a cabo uma manifestação espontânea que se propagou por outros estabelecimentos de ensino. Dezenas de alunos da Escola EB. 2,3 João da Rosa dirigiram-se, ruidosos, à Escola Secundária Dr. Francisco Lopes, em Olhão, invadindo os espaços onde estavam a decorrer actividades lectivas. As aulas ficaram comprometidas, sendo que muitos dos alunos da secundária juntaram-se aos colegas mais novos e abandonaram as salas, saindo da escola para protestar. A GNR de Olhão colocou-se junto aos portões do estabelecimento de ensino, travando a entrada de muitas dezenas de alunos que ainda se encontravam no exterior. Foi uma confusão"!
Entretanto, o meu sobrinho mais velho (12 anos) tinha-me deixado no MSN a seguinte mensagem, enquanto eu jantava:
"Está na hora/está na hora/da Ministra ir embora.
Pessoal, ‘bora nos juntar e fechar as escolas de todo o país; greve nacional no dia 14 (temos 2 dias para organizar a maior greve de sempre) até que o regime de faltas seja alterado. Já começou no norte e agora vamos fazer com que se arraste por Portugal. Passa a mensagem. Todos juntos vamos conseguir."
******************************************
Começo a achar que vão ser os miúdos a derrubar a "Ministra"... hehehe...
"Correu por diversas fontes a informação de que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, marcaria presença hoje numa escola de Olhão, para fazer a entrega de computadores Magalhães. A ministra acabou por não comparecer, mas os alunos de diversas escolas não contiveram a vontade de protestar contra as políticas da tutela, nomeadamente o estatuto do aluno, levando a cabo uma manifestação espontânea que se propagou por outros estabelecimentos de ensino. Dezenas de alunos da Escola EB. 2,3 João da Rosa dirigiram-se, ruidosos, à Escola Secundária Dr. Francisco Lopes, em Olhão, invadindo os espaços onde estavam a decorrer actividades lectivas. As aulas ficaram comprometidas, sendo que muitos dos alunos da secundária juntaram-se aos colegas mais novos e abandonaram as salas, saindo da escola para protestar. A GNR de Olhão colocou-se junto aos portões do estabelecimento de ensino, travando a entrada de muitas dezenas de alunos que ainda se encontravam no exterior. Foi uma confusão"!
Entretanto, o meu sobrinho mais velho (12 anos) tinha-me deixado no MSN a seguinte mensagem, enquanto eu jantava:
"Está na hora/está na hora/da Ministra ir embora.
Pessoal, ‘bora nos juntar e fechar as escolas de todo o país; greve nacional no dia 14 (temos 2 dias para organizar a maior greve de sempre) até que o regime de faltas seja alterado. Já começou no norte e agora vamos fazer com que se arraste por Portugal. Passa a mensagem. Todos juntos vamos conseguir."
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Começo a achar que vão ser os miúdos a derrubar a "Ministra"... hehehe...
Etiquetas: Educação/Escola/Política educativa, Manifestações, Sociedade
Escrevinhado por NP66 em
11/13/2008 12:08:00 da manhã
1 Comments:
Mas os ovos e as manifestações dos alunos parecem já ter conseguido alguns dos efeitos desejados:
[in CORREIO DA MANHÃ]"O despacho da ministra da Educação que clarifica o Estatuto do Aluno foi considerado "um recuo" do Governo pela Delegação Nacional das Associações de Estudantes, mas ainda assim houve protestos nalgumas escolas do País. Já o PSD acusou Maria de Lurdes Rodrigues de "falta de vergonha", defendendo que "um despacho não altera uma lei da Assembleia da República".
'Se o Governo quer alterar o Estatuto do Aluno, deve fazê-lo como deve ser, por alteração da lei, na Assembleia da República, e não por um mero despacho ministerial feito ao domingo com a pressão de ter de travar manifestações', disse Emídio Guerreiro, deputado do PSD. Também José Paulo Carvalho, do CDS-PP, defendeu que o despacho 'é um remendo a um erro e é ilegal'.
Já a ministra advoga que o despacho não alterou nada à lei e que a culpa é das escolas. 'É um despacho clarificador, não altera nada à lei. Havia escolas que estavam a aplicar mal o Estatuto nos seus regulamentos internos', disse.
O despacho assinado domingo e que entrou ontem em vigor esclarece que 'das faltas justificadas, designadamente por doença, não pode decorrer a aplicação de qualquer medida disciplinar, correctiva ou sancionatória'. E acrescenta que 'da prova de recuperação realizada na sequência das três semanas de faltas justificadas não pode decorrer a retenção, exclusão ou qualquer outra penalização'. É também dito que a prova de recuperação deve ter um 'formato simplificado' e pode ser 'escrita ou oral'. Fica assim evidente que as faltas justificadas não podem resultar em reprovação, que era a principal contestação dos alunos."
MAS ATENÇÃO:
"No Estatuto do Aluno, o nº 2 do artigo 22º não distingue as faltas justificadas das injustificadas. No referido artigo, pode ler-se que 'sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas', atinja o triplo dos tempos lectivos semanais, por disciplina, 'deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas no número anterior,uma prova de recuperação'.
Já o nº 3 do artigo 22º diz que a não aprovação na prova de recuperação pode determinar 'o cumprimento de um plano de acompanhamento especial e a consequente realização de uma nova prova', 'a retenção' ou 'a exclusão do aluno'.
E a culpa, é claro... É DAS ESCOLAS! LOL
By
NP66, at terça-feira, novembro 18, 2008 2:22:00 da manhã
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