Prós&Contras (2)
Já no dia 4 de Março escrevi:
Enfim... parece que sobre educação todos sabem e podem falar... mas tirando o Mário Nogueira, que ouvi no programa da semana passada, não me recordo que tenham dado voz especificamente aos professores do 1.º Ciclo... como se Portugal apenas tivesse Escolas EB 2,3, Secundárias e Universidades. Bem, se calhar estou enganado... mas a sensação que tenho é que, dos que falam naquele tipo de programas, poucos ou nenhum conhece a realidade de uma escola básica do 1.º ciclo, dos seus professores, funcionários e alunos, do trabalho que desenvolvem, dos meios e das condições em que o fazem...
É pena, porque a imagem que passam sobre os professores e as escolas é incompleta e truncada!
No "Prós&Contras" de ontem não me lembro de ter visto ou ouvido alguém que estivesse lá na qualidade de professor do 1.º Ciclo, mas tenho de aqui fazer uma grande justiça: senti-me muito bem representado pelo Paulo Guinote e pela Isabel Fevereiro. Foi bom ouvir professores que sabem o que é a escola no dia-a-dia. Foram eles (e também o professor universitário Carlos Abreu Amorim) a meter várias vezes "o dedo na ferida". Em cheio!
Lamentável que, no final, apenas tenham dado a palavra ao psiquiatra Pio Abreu, que até foi buscar uma opinião de um taxista de São Paulo para tentar "denegrir" a manifestação dos professores, fazendo uma analogia com uma manifestação de polícias, no Brasil, o que - na opinião do taxista - tinha retirado autoridade aos polícias.
Desonestidade intelectual, permitam-me que o diga!
Mas ele até tem opinião própria sobre "manifs"...
Já Joana Amaral Dias me desiludiu, pela sua agressividade e, em alguns momentos, pouco "poder de encaixe"! Se me leres, Nuno: ela ainda é do Bloco, certo? Acho que fez uma "mau serviço" ao partido e retirou muitos votos entre os docentes, que se preparavam para votar "BE", graças às intervenções da Ana Drago! "My opinion, of course"! :)
Quanto ao João Sebastião... ele é mesmo do Observatório da Segurança nas Escolas... ou lá como se diz? Mas o que tem ele andado a "observar"? O bullying entra nessas "observações"?
Ó homem, vá três dias para a minha escola... pode ser que mude um pouco "esse discurso" e melhore um pouco "da visão"! Chiça...
Quanto aos representantes da Confap (na sua maioria)... acho que deveriam conversar mais com alunos como aqueles que falaram no programa... e que me pareceram bem mais lúcidos e perto da realidade!
Quanto à Escola da Ponte: quantos alunos tem? De que "anos"? Quantas funcionárias? E professores? E que meios tem ao seu dispôr? Seria possível alargar toda essa experiência a todo o território nacional? Muitas perguntas... mas eu posso responder a esta última questão: é claro que não!
Enfim... parece que sobre educação todos sabem e podem falar... mas tirando o Mário Nogueira, que ouvi no programa da semana passada, não me recordo que tenham dado voz especificamente aos professores do 1.º Ciclo... como se Portugal apenas tivesse Escolas EB 2,3, Secundárias e Universidades. Bem, se calhar estou enganado... mas a sensação que tenho é que, dos que falam naquele tipo de programas, poucos ou nenhum conhece a realidade de uma escola básica do 1.º ciclo, dos seus professores, funcionários e alunos, do trabalho que desenvolvem, dos meios e das condições em que o fazem...
É pena, porque a imagem que passam sobre os professores e as escolas é incompleta e truncada!
No "Prós&Contras" de ontem não me lembro de ter visto ou ouvido alguém que estivesse lá na qualidade de professor do 1.º Ciclo, mas tenho de aqui fazer uma grande justiça: senti-me muito bem representado pelo Paulo Guinote e pela Isabel Fevereiro. Foi bom ouvir professores que sabem o que é a escola no dia-a-dia. Foram eles (e também o professor universitário Carlos Abreu Amorim) a meter várias vezes "o dedo na ferida". Em cheio!
Lamentável que, no final, apenas tenham dado a palavra ao psiquiatra Pio Abreu, que até foi buscar uma opinião de um taxista de São Paulo para tentar "denegrir" a manifestação dos professores, fazendo uma analogia com uma manifestação de polícias, no Brasil, o que - na opinião do taxista - tinha retirado autoridade aos polícias.
Desonestidade intelectual, permitam-me que o diga!
Mas ele até tem opinião própria sobre "manifs"...
Já Joana Amaral Dias me desiludiu, pela sua agressividade e, em alguns momentos, pouco "poder de encaixe"! Se me leres, Nuno: ela ainda é do Bloco, certo? Acho que fez uma "mau serviço" ao partido e retirou muitos votos entre os docentes, que se preparavam para votar "BE", graças às intervenções da Ana Drago! "My opinion, of course"! :)
Quanto ao João Sebastião... ele é mesmo do Observatório da Segurança nas Escolas... ou lá como se diz? Mas o que tem ele andado a "observar"? O bullying entra nessas "observações"?
Ó homem, vá três dias para a minha escola... pode ser que mude um pouco "esse discurso" e melhore um pouco "da visão"! Chiça...
Quanto aos representantes da Confap (na sua maioria)... acho que deveriam conversar mais com alunos como aqueles que falaram no programa... e que me pareceram bem mais lúcidos e perto da realidade!
Quanto à Escola da Ponte: quantos alunos tem? De que "anos"? Quantas funcionárias? E professores? E que meios tem ao seu dispôr? Seria possível alargar toda essa experiência a todo o território nacional? Muitas perguntas... mas eu posso responder a esta última questão: é claro que não!
Etiquetas: Educação/Escola/Política educativa, TV
2 Comments:
Concordo plenamente contigo. Há que dar a voz aos professores que, efectivamente, leccionam todos os dias para se perceber o actual estado da educação em portugal. O resto são banalidades...
As interveções do psiquiatra e do filósofo demonstram até que ponto é que a ignorância sobre a realidade é tanta...
By Pedro, at quarta-feira, abril 02, 2008 12:27:00 da tarde
Exacto! Quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro, o resto são teorias.
By Alda Serras, at quinta-feira, abril 03, 2008 8:54:00 da tarde
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