Ainda o referendo
Ainda a propósito do referendo, dei por mim a pensar no seguinte:
é provável, pelo que dizem as sondagens, que o "Sim" saia vencedor.
Dizem os seus defensores - e acreditam também os seus opositores - que a consequência imediata será uma descida significativa - ou total? - nos números do aborto clandestino, com todas as vantagens - para as mulheres e para a saúde pública - daí decorrentes.
(Ok, vamos deixar os fetos e o seu direito à vida fora desta conversa)
Mas a verdade é que as mulheres, mesmo as perfeitamente saudáveis que praticaram um acto sexual de sua livre e espontânea vontade e que, por azar, descuido ou incúria, se vêem a braços com uma gravidez indesejada e que, com a vitória do "Sim", sabem que se podem dirigir a um estabelecimento de saúde legalmente autorizado para resolverem "o problema", não podem nem devem ficar completamente descansadas.
Porquê? É que estamos em Portugal... :)
(eu sei... eu sei... aqui não existirão listas de espera. Isso ficará apenas para pessoas como a funcionária da minha escola que, depois de 3 anos à espera, vai ser finalmente operada à mão/pulso)
é provável, pelo que dizem as sondagens, que o "Sim" saia vencedor.
Dizem os seus defensores - e acreditam também os seus opositores - que a consequência imediata será uma descida significativa - ou total? - nos números do aborto clandestino, com todas as vantagens - para as mulheres e para a saúde pública - daí decorrentes.
(Ok, vamos deixar os fetos e o seu direito à vida fora desta conversa)
Mas a verdade é que as mulheres, mesmo as perfeitamente saudáveis que praticaram um acto sexual de sua livre e espontânea vontade e que, por azar, descuido ou incúria, se vêem a braços com uma gravidez indesejada e que, com a vitória do "Sim", sabem que se podem dirigir a um estabelecimento de saúde legalmente autorizado para resolverem "o problema", não podem nem devem ficar completamente descansadas.
Porquê? É que estamos em Portugal... :)
(eu sei... eu sei... aqui não existirão listas de espera. Isso ficará apenas para pessoas como a funcionária da minha escola que, depois de 3 anos à espera, vai ser finalmente operada à mão/pulso)
Etiquetas: Humor/Anedotas, Política
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