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domingo, 11 de fevereiro de 2007

Venceu a abstenção... e o "Sim"

Os resultados ainda não são definitivos, mas há já ideias claras:

  • a abstenção é de tal ordem que o referendo não é vinculativo e não sabemos o que pensa mais de metade dos eleitores;

  • o "Sim" venceu.

    O passo seguinte, para além da mudança da Lei (atenção a qual vai ser essa Lei!), é o combate às causas que levam ao aborto. Foi recorrente a afirmação de que as condições para tal combate seriam maiores e melhores com a vitória do "Sim". Estaremos atentos a isso...

    É que, como pai que assume em pleno a sua paternidade, como cidadão e professor que dá o seu contributo à educação de um povo e está minimamente atento ao aspecto social da sua vida, vou esperar, ansiosamente, pelo reforço das políticas de apoio à criança e à família, pelo reforço da rede pré-escolar, pelo reforço das políticas que combatem a exclusão social, pelo reforço dos meios postos ao dispôr de quem não desejou uma gravidez, mas que decide não a interromper...

    Tem agora a palavra o Parlamento, o Governo... e o Partido Socialista, que não deveriam impôr uma Lei que deixe de fora os contributos - os bons contributos - que venham da área do "Não", que, embora derrotado, tem uma expressão significativa no país (venceu em vários distritos).

    Dos apoiantes do "Não", dos movimentos cívicos que estiveram em campanha, espero que continuem a apoiar as famílias, as mulheres e as crianças em risco como têm feito nos últimos anos! Espero que contribuam com as suas ideias e propostas para a obtenção de uma nova Lei, equilibrada e justa, que preveja, por exemplo, um período de reflexão e de aconselhamento.

    Pessoalmente, ao ver fechar Maternidades, Centros de Saúde e Serviços de Urgência, ao ver que em vários serviços dos hospitais o mesmo trabalho é agora feito por metade dos enfermeiros em relação a anos anteriores (se não sabiam ficam a saber), com a consequente perda de qualidade do serviço prestado, fico um pouco apreensivo com o rumo que está a ser dado ao Serviço Nacional de Saúde e com a sua real capacidade de resposta para terminar com o flagelo do aborto clandestino... mas isso será "outra conversa"!

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