Fomos, mas voltámos!

A Raquel voltou para casa... mas há mais exames para fazer... suspeitas que espero não se confirmem... enfim... a situação não é tão simples como eu desejei que fosse! Para já... em breve inicia um tratamento que pode prolongar-se por um ano. Depois... não sei...

Mas o importante é que tenho a Raquel comigo, hoje... e isso é o que eu mais queria!
Entre gritinhos de satisfação (lá terei eu de pedir desculpa aos vizinhos... pela enésima vez... lol) e o ensaio de uns sons que os meus ouvidos ouvem como "papá", tento "esquecer" as horas passadas entre crianças que sofriam e só a muito custo conseguiam esboçar um sorriso de resposta aos desafios da Raquel!

Nunca gostei de entrar em hospitais... e cemitérios! Vá-se lá saber porquê!...
Mas garanto-vos que entrar num hospital pediátrico é uma experiência atroz... mas enriquecedora! Recomendo uma visita a todos aqueles que esqueceram o valor das "pequenas" coisas, como o ter saúde... e passam a vida a queixar-se do salário, do patrão, das condições de trabalho, da comida da cantina ou lá de casa, das botas que custaram um dinheirão e já têm um risco, da chuva, do Sol, do vento, dos jornais, dos amigos, dos inimigos, da mulher, do marido, dos alunos, dos colegas...

Vão aprender a dar valor àquilo que têm e já nem se lembram... e que é muito mais do que tem a Iris, que esta noite vai dormir debaixo duma ponte, numa tenda de campismo!