Ainda o Papa Bento XVI

Não tenho tido muito tempo para ler jornais e só vou ouvindo algumas notícias e debates na rádio (a caminho ou no regresso da escola) e na TV (à hora das refeições).

Uma das coisas que mais tenho ouvido sobre o novo Papa é que ele é ultra-conservador (isto apesar de ter sido um dos que mais se envolveu e trabalhou no Concílio Vaticano II) e que pelo facto de ter desempenhado o cargo que desempenhou na Congregação para a Doutrina da Fé vai ser um Papa fechado ao Mundo, que a Igreja vai regredir ou morrer, etc...

Há dias, ao falar com duas pessoas, uma delas o carteiro aqui da zona, que costumo encontrar no café quando vou levar a Raquel ao infantário, lembrei-me de uma comparação, que espelha bem aquilo que eu penso sobre o assunto:

imaginem alguém que tenha trabalhado numa Biblioteca durante 24 anos e que, por algum motivo, tenha perdido o emprego. Imaginem, porque ele tem de continuar a sustentar a família, que procurou um novo emprego e que o único que conseguiu arranjar foi um como barman numa discoteca ou num bar. Estão a ver a cena? Acreditam que pelo facto de ter passado 24 anos a pedir silêncio aos utilizadores da Biblioteca, vai continuar a ter a mesma atitude no seu novo emprego?

Eu não!