O Paulo disse tudo
A foto é fantástica... o texto diz tudo!
Confiram!
********************************
A festa acabou.
Ave de asas atadas, a bandeira; águia, a sombra.
Há a bandeira, e a sombra da bandeira.
E a indecibilidade do símbolo.
Ontem, depósito de todas as esperanças;
hoje, invólucro de toda a impotência.
E a inconstância do significado:
a manhã ia estremunhar de uma imensa alegria,
mas acordou conformada com a dignidade da derrota.
Nada a que a bandeira não esteja habituada.
Primeiro, as promessas da República;
depois, os desmandos da República.
De cobertura de um nacionalismo estatal
a cobertura de um patriotismo popular, futeboleiro.
De imagem do colonialismo português e da vergonha
a imagem de marca, de marcas e de orgulho.
Mas lá está, a dureza dos factos, o irreversível.
Um destino no apito de um árbitro de futebol.
Há o antes e o depois desse apito.
Esse instante instaura a história.
A história da actualidade portuguesa.
A história visível de Portugal.
Há outra, anónima, mas hoje não a queremos ver.
Amanhã. Amanhã. Sombra audaciosa ou asas atadas.
Mas a história é tudo menos imutável.
Virá quem derrubará a muralha gaulesa.
Algum dia há-de acontecer. É inevitável.
A ferida aberta em 1984 sarará, finalmente.
Serão outros os protagonistas, estaremos mais velhos.
A nós coube-nos viver ainda mais este instante.
(Pifado daqui... onde há muito mais, não do mesmo, mas do bom...)
Confiram!
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A festa acabou.
Ave de asas atadas, a bandeira; águia, a sombra.
Há a bandeira, e a sombra da bandeira.
E a indecibilidade do símbolo.
Ontem, depósito de todas as esperanças;
hoje, invólucro de toda a impotência.
E a inconstância do significado:
a manhã ia estremunhar de uma imensa alegria,
mas acordou conformada com a dignidade da derrota.
Nada a que a bandeira não esteja habituada.
Primeiro, as promessas da República;
depois, os desmandos da República.
De cobertura de um nacionalismo estatal
a cobertura de um patriotismo popular, futeboleiro.
De imagem do colonialismo português e da vergonha
a imagem de marca, de marcas e de orgulho.
Mas lá está, a dureza dos factos, o irreversível.
Um destino no apito de um árbitro de futebol.
Há o antes e o depois desse apito.
Esse instante instaura a história.
A história da actualidade portuguesa.
A história visível de Portugal.
Há outra, anónima, mas hoje não a queremos ver.
Amanhã. Amanhã. Sombra audaciosa ou asas atadas.
Mas a história é tudo menos imutável.
Virá quem derrubará a muralha gaulesa.
Algum dia há-de acontecer. É inevitável.
A ferida aberta em 1984 sarará, finalmente.
Serão outros os protagonistas, estaremos mais velhos.
A nós coube-nos viver ainda mais este instante.
- © paulo p. carvalho
(Pifado daqui... onde há muito mais, não do mesmo, mas do bom...)
Etiquetas: Outros sítios e blogues, Poesia
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